"O que é exato no que concerne à posição de Sir Karl (...) é a idéia da testabilidade em princípio. (...) O que é vago, no entanto, com respéito à minha posição são os critérios reais (se é isto que se requer) que devem ser aplicados quando se decide que determinada incapacidade de resolução de enigmas (puzzles) há de ser ou não atribuída à teoria fundamental, tornando-se assim uma ocasião de grande preocupação. Essa decisão, contudo, é idêntica em espécie à decisão sobre se o resultado de determinado teste falseia ou não determinada teoria, e sobre esse assunto Sir Karl é necessariamente tão vago quanto eu."
Thomas Kuhn em Reflexões sobre meus críticos, pag.306
Lendo essa passagem de Kuhn, veio-me a vontade de escrever um artigo sobre a problemática do falseamento em Popper, artigo publicado na Alter que transcrevo abaixo em três partes. É interessante notar como os pós-popperianos se mantém, de alguma forma, fiéis à questão da refutabilidade e do falseamento e, aprofundando-se nela, tornam claro suas diversas dificuldades e revelam aspectos da atividade científica não compreendidos por Popper.
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